Avançando investindo
A vida anseia
Tremente estacando
Olhares procuram
O morrer cresce
O grito
Que chega!
No fundo
Mudos
Nós.
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Primeira mordida
"A primeira mordida foi com certeza única, indefinível, já que eu tinha sonhado com isto durante trinta anos, com esta conexão íntima que se faria perfeita através desta carne".
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Frase da noite
"Se eu as matasse, você sabe, elas não poderiam me rejeitar como homem. Isto é mais ou menos produzir uma boneca a partir de um ser humano... e levar adiante minhas fantasias com uma boneca, uma boneca humana. Com uma garota, fica muita coisa em seu corpo mesmo sem a cabeça. Obviamente, a personalidade desaparece."
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Poema qualquer
Sinto-o como prenuncio de orgasmo e tragédia
Não detenho a mão do destino,libérrima mágoa que desagua em medo e ódio
É o momento do ocaso,desponto no estoicismo recente
Mas permito que uma lágrima se vá.
Sou o diáfano reflexo do menino
Sua palidez mortuária.
Veja que ainda atraiçoa o espírito circunspecto
Aquele olhar lascivo.
Sinto-a como aperto e lambida de gato
Desconstruindo minha virilidade para remontar dogmas
Ferido,não detenho a mão do que intitulam destino
Apenas adormeço sob tua ironia grotesca.
Não detenho a mão do destino,libérrima mágoa que desagua em medo e ódio
É o momento do ocaso,desponto no estoicismo recente
Mas permito que uma lágrima se vá.
Sou o diáfano reflexo do menino
Sua palidez mortuária.
Veja que ainda atraiçoa o espírito circunspecto
Aquele olhar lascivo.
Sinto-a como aperto e lambida de gato
Desconstruindo minha virilidade para remontar dogmas
Ferido,não detenho a mão do que intitulam destino
Apenas adormeço sob tua ironia grotesca.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
As tuas pestanas, as longas
As tuas pestanas, as longas,
As águas escuras dos teus olhos,
Deixa-me mergulhar nelas,
Deixa-me ir até ao fundo.
Desce o mineiro ao poço
E baloiça a baça lanterna,
Sobre o arco do minério,
Em cima, na parede de sombras,
Vê, eu desço
Para esquecer no teu seio,
Longe, o que de cima ainda ecoa,
Claridade e cor e dia.
Nos campos cresce,
Lá onde o vento pára, ébrio de searas,
Alto espinheiro, alto e doente,
Enlaçado com o azul-celeste.
Dá-me a mão
Vamos enlaçar-nos um no outro,
Presa de um vento,
Voo de pássaros solitários,
Ouvir no verão
O órgão de abafadas tempestades,
Banhar-nos na luz de outono,
Na margem do dia azul
De vez em quando ficaremos parados
À beira da escura fonte,
Para olhar o fundo do silêncio,
Para procurar o nosso amor.
Ou saímos
Da sombra das douradas florestas,
Enormes em direcção a um crepúsculo
Que a ti te toca a fronte levemente.
Para pararmos então no fim,
Onde o mar, em manchas amareladas,
Já vem vogando de mansinho
Para os braços da baía de Setembro.
Para descansarmos em cima
Na casa das flores sequiosas,
Descendo por sobre os penedos
O vento canta e treme.
Mas do choupo
Que no azul eterno se destaca
Cai já uma folha castanha,
Que sobre a nuca te descansa.
Divina tristeza
Cala-te ante o eterno amor.
Ergue a taça,
Bebe o sono.
Tradução de João Barrento
As águas escuras dos teus olhos,
Deixa-me mergulhar nelas,
Deixa-me ir até ao fundo.
Desce o mineiro ao poço
E baloiça a baça lanterna,
Sobre o arco do minério,
Em cima, na parede de sombras,
Vê, eu desço
Para esquecer no teu seio,
Longe, o que de cima ainda ecoa,
Claridade e cor e dia.
Nos campos cresce,
Lá onde o vento pára, ébrio de searas,
Alto espinheiro, alto e doente,
Enlaçado com o azul-celeste.
Dá-me a mão
Vamos enlaçar-nos um no outro,
Presa de um vento,
Voo de pássaros solitários,
Ouvir no verão
O órgão de abafadas tempestades,
Banhar-nos na luz de outono,
Na margem do dia azul
De vez em quando ficaremos parados
À beira da escura fonte,
Para olhar o fundo do silêncio,
Para procurar o nosso amor.
Ou saímos
Da sombra das douradas florestas,
Enormes em direcção a um crepúsculo
Que a ti te toca a fronte levemente.
Para pararmos então no fim,
Onde o mar, em manchas amareladas,
Já vem vogando de mansinho
Para os braços da baía de Setembro.
Para descansarmos em cima
Na casa das flores sequiosas,
Descendo por sobre os penedos
O vento canta e treme.
Mas do choupo
Que no azul eterno se destaca
Cai já uma folha castanha,
Que sobre a nuca te descansa.
Divina tristeza
Cala-te ante o eterno amor.
Ergue a taça,
Bebe o sono.
Tradução de João Barrento
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