quinta-feira, 22 de abril de 2010

Melancolia

Como definir essa onda de vaga tormenta,
Espiral de languidez e morte
Aspirando atos finais de trágicos emblemas
Nos mausoléus de ermos pensamentos ?

O amor a esse sofrimento evoca
Abortos mal sucedidos de tragédias recentes
Em cicatrizes extensas acima do céu
Percorrendo solitários devaneios.

Selado no túmulo abraçado ao olhar
De incoercível revolta contemplo
O nascimento de chagas nas mãos
Comprimindo inuteis laços corrediços
Que sangram farpas de partidos ossos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

A garota cega

Seus olhos despontam da languidez violada
Na tristeza de pérpetua inocência.
Caminho entre alucinações e tão singela expressão
Arranca-me do letargo a passoas largos.

Conduzi-la seria o maior dos sonhos
Para sorver o calor de singular afago e então
Tornar ainda maior o desejo vivo
Para a satisfação de ansiosos corpos etéreos.

Seus olhos como testemunhas emudecidas
Na condição imutável do que não contempla,tampouco sente ou sabe.
A consciência vaga da própria beleza,o vazio...

Seus olhos no infinito refletem-me sozinho
Sem o conhecimento da paixão que a noite consome
Enquanto desaparece ao longe o vislumbre de raro fascínio devorado pela escuridão de nossos anseios disformes.

domingo, 4 de abril de 2010

Latex fetish in the beach-Part 2

Delírio e Pranto

Meu pesar ensaia o derradeiro grito
Em teu nome enlevando-se na carne.
Dos lábios a ferida mais profunda junto ao escárnio
Umedece o lamento cálido.

Próximo do retrato a lágrima.
Do pranto um aborto estarrecido brada
Enlaçado afoga-se no sangue de nosso passado
Desaparece como mácula infecta
Amortalhado pelo esplendor do céu variado de aurora.

Absorvo a dor pela falta,
De suas mãos o conforto na face
Lembra-me como fogo fátuo tesouro
De inalcançáveis paragens,lenda
Tida como delírio de ópio
Em forma de egrégia mulher

Distante.