domingo, 4 de abril de 2010

Delírio e Pranto

Meu pesar ensaia o derradeiro grito
Em teu nome enlevando-se na carne.
Dos lábios a ferida mais profunda junto ao escárnio
Umedece o lamento cálido.

Próximo do retrato a lágrima.
Do pranto um aborto estarrecido brada
Enlaçado afoga-se no sangue de nosso passado
Desaparece como mácula infecta
Amortalhado pelo esplendor do céu variado de aurora.

Absorvo a dor pela falta,
De suas mãos o conforto na face
Lembra-me como fogo fátuo tesouro
De inalcançáveis paragens,lenda
Tida como delírio de ópio
Em forma de egrégia mulher

Distante.

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