segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Infante Morta e Uma Cabeça Cortada

Uma cabeça rola aos meus pés,
Sua língua negra pende de lábios mármoreos,
Percebi a clara intenção de livrar-se d`alma outrora,
Nos olhos vítreos o relâmpago vago.

O convite das pernas acima da lousa muda,
O brumo lácteo que sorve o canto da boca,
Seios mais que rijos na qualidade serena
Estancam o pendente ardor do espírito.

Um corpo gélido acalenta pleno prazer,
Entro despudorado e romantico resvalo no pus,
Segurando as coxas de veias expostas o azul de letargo e rigor,
Nos meus ombros sustentam-se com carinho.
Na moldura perfeita e completa,vaginal necrose.

Quando o falo retorcido em espasmo
Lateja e cospe na ferida e consome
O intento mais nobre pelo cadáver infante
Esperma fluido dilui-se, urina e sangue.

A cabeça desta ainda mantém-se digna
D`outra,a decepada,rola ainda estranha,
Que importa um escalpo vulgar quando a criança padece em eterno sono
Pronta para saciar outro egrégio momento
De estocada e beijos acima do lascivo sonho ?

Sem comentários:

Enviar um comentário