A nuvem engole a cidade,
Na torre o gástrico enterro.
Cinzas devoram os olhos da janela
Uma larva enfastiada cospe seus filhos.
Nem o enleio nevoento da tempestade
Consome a langue calma do gesto em silêncio.
O céu plano torna-se negro e profundo
Feito o lago refletido no infinito pesar.
O egrégio mancebo enlouquece
Em quimérico desalento selvagem o brado escapa
E no sino ecoando dentes trespassam
Membros rotos de crianças mortas.
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