segunda-feira, 31 de maio de 2010

Amante Magoada

Mudez ressentida,acaso premeditado.

A rotina esmagadora do exausto final.

Na solitária campanha até a nocturna senda.

Vegeto a sombra de perfeição nos delicados traços

No calor da pele,no abraço.

Plenitude mórbida em densa pairagem.


Outro vislumbre negado,

Colosso e mártir erigidos a sombra de passagem.

O carinho não consentido nos braços feridos,

O descontentamento ansioso dos lábios

E a fremente ilusão do lamento.


Sangue intérmino irrompe das estrelas no calvário

Ósculo ingenuo crepuscular,

Da paixão esmorece o clamor

Distante,como pária sorve a dor iridiscente

Perscrutador o signo de rejeitado a longos haustos

Entorpece motivações e novos desejos.


Excelso amor exaltado da alacridade a silente decepção,

Diluencia do lúbrico desejo na agonia

Vela enquanto esparsas tempestades

De indizível tristeza passeiam na amplitude do vazio celeste

Em cada gesto de minha amante magoada.

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