domingo, 6 de junho de 2010

Mundo moderno...

É inútil procurar iludir-se com as quimeras de qualquer optimismo: estamos hoje no final de um ciclo. Desde há séculos, insensivelmente primeiro, depois, como o movimento de uma massa que desaba, processos múltiplos destruíram no Ocidente todo o ordenamento normal e legítimo dos homens, falsearam toda a concepção elevada do viver, do agir, do conhecer e do combater. Ao movimento dessa queda, à sua velocidade, à sua vertigem, chamou-se “progresso”. Ao “progresso” foram dedicados hinos e supôs-se enganosamente que esta civilização — civilização de matéria e de máquinas — fosse a civilização por excelência, aquela a que toda a história do mundo estava pré-ordenada: até que as consequências últimas de todo o processo se manifestaram tais, que impuseram a alguns um despertar.
 

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