quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Juventude perdida

Incoercível languidez,irreparável mácula.
Contemplo o jardim..
Uma estrela tomba sobre olhos nocturnos cerrados e sonhos
Desfeitos acariciam-me enquanto gozo sangue
Irreprimível lágrima,eterno quebranto

Da cadeira de rodas assisto o fim
Mas de quem ou de qual engano ?
Jamais haverá outro apego e a falta
Que ostento orgulhoso de nostálgica ilusão.
Atinge-me como onda no oceano profundo
De espelhado céu.

É o mesmo céu e mesma tragédia,
Vivemos todos a espera de menos dor para completar o dia,mentindo.
Preparo-me para sangrar sozinho,nenhuma luz para alcançar o espírito partido.
O idílio e a dama no campo anseiam pela palavra certa
Descansei nos seios de sua dúvida até a partida.
Dos meus lábios ressecamento sorvido estanca desejos
Insubmisso ergo-me para chorar,cova rasa para o suicida
Cova rasa para minha medonha juventude.

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