sábado, 12 de dezembro de 2009

Xenofobia não! Mixofobia sim!

Com efeito, nenhuma pessoa de sensibilidade verdadeiramente libertária, e consequentemente nenhum Nacional-Anarquista digno desse nome, poderia colocar em risco a dignidade de um indivíduo que nasceu bi-racial ou de origem multiétnica, nem tampouco teria qualquer problema em aceitar o direito de alguns a viverem numa comunidade multiétnica, multicultural ou multiracial se tal fosse uma opção sua. Todo o indivíduo que deseje viver em tal meio social deve ter o direito a essa opção e possibilidade. Não obstante, isto não confere a ninguém o direito de impor as suas próprias opções sociais a outros indivíduos que aspirem a viver dum modo diferente do seu.


Um argumento simples e de uma lógica incomparável contra todos aqueles que se opõem à mera existência do etnodiferencialismo dos Nacional-Anarquistas. O espírito libertário baseia-se no respeito pelas liberdades individuais. Ora bem, um indivíduo que não seja o seu próprio soberano, nunca poderá ser livre; a mesma consideração deve ser aplicada a um grupo humano e ao seu espaço vital.

E noutro aspecto, se os indivíduos têm “direito ao seu espaço pessoal”, as tribos, as culturas, os povos e as nações devem possuir o mesmo direito. A territorialidade, manifeste-se ela de que forma for, estará sempre presente, será sempre a expressão material do direito à autodeterminação de um povo.

Bem alheios a alguns destes princípios tão sensatos, em nome da tomada de posição “politicamente correcta” e monolítica, o assimilacionismo, o cosmopolitismo e o mundialismo queriam, pois, fazer desaparecer para sempre as características da cultura bretã, da cultura irlandesa, da cultura escocesa, da cultura basca ou mesmo das culturas corsa, alemã, japonesa, bulgara, lapona, lituana, islandesa, chechena, húngara, curda, mongol, catalã, swahili, zuni, ameríndia nas suas mais diversas versões, gaulesa, aborígene, maori, havaianas ou muitas outras, quaisquer que sejam elas.

Constituirão a homogeneização e o conformismo factores de progresso e enriquecimento da humanidade? Que pelo menos nos deixem duvidar! Então, são os Nacional-Anarquistas xenófobos? Claro que não!

Pelo acima exposto podemos atribuir-lhes uma tendência mixofóbica, a qual é provável que, visto como andam actualmente as coisas, não tardará em ser incluída na lista de crimes contra o pensamento correcto que os Novos Inquisidores propagam e incutem mecanicamente através dos órgãos de comunicação social de massas, os mass media.

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